Existem muitas soluções simples capazes de otimizar os espaços e deixar o ambiente bonito e confortável
Imóveis com metragens menores cada vez ganham mais espaço no mercado imobiliário. Apartamentos de até 45 metros quadrados já correspondem a 42,6% dos lançamentos em São Paulo, de acordo com o Secovi-SP. Porém, é possível encontrar soluções para deixar o ambiente bonito e confortável independente do tamanho disponível. Para isso, basta ter um projeto de decoração que possibilite aproveitar os espaços de forma otimizada. Acertar na escolha dos móveis, levando em consideração o formato, as dimensões e cores é o caminho certo para decorar a casa, garantir beleza ao ambiente e deixá-lo aconchegante.
O primeiro passo para começar a mobiliar um ambiente considerado pequeno é ter uma trena. Ela pode ajudar na hora de fazer as medições do espaço para cada móvel desejado na decoração. “Para garantir um certo nível de conforto, a mobília deve ser escolhida de acordo com as dimensões do ambiente. Mesmo em pequenos ambientes, temos que respeitar medidas mínimas de circulação”, afirma o arquiteto Artur Diniz. Cada tipo de móvel tem um formato, comprimento, altura e cor que vão interferir e dialogar com o restante dos móveis. E, na hora de comprar, o cuidado deve ser redobrado. “Não compre nada por impulso. Na dúvida, volte para casa e demarque as medidas dos móveis no chão. Se ficar apertado, volte à loja e escolha outro móvel. Isto vai evitar arrependimentos”, aconselha.
(Foto: Shutterstock)
Muito cuidado em relação ao tamanho dos móveis para não ficar grande demais em um espaço pequeno e prejudicar a circulação no ambiente. “Uma boa dica é demarcar no piso o tamanho dos móveis pretendidos e analisar o espaço que sobra. É importante listar todo o mobiliário desejado e simular suas posições no local para sentir se um móvel não está desproporcional em relação ao outro ou se não está estreitando a passagem. Seja paciente e teste diversos layouts”, indica o arquiteto. Em alguns ambientes, é bom deixar entre 50 e 60 centímetros em torno do móvel para garantir uma boa circulação, lembrando também da proporção com a parede de fundo de cada móvel.]
Na hora de escolher, atente ao fato que os móveis multifuncionais servem para multiplicar as superfícies de apoio e guarda de objetos para liberar mais espaço nos ambientes. Eles são uma ótima solução porque acabam servindo como um dois em um. “Na sala, por exemplo, pode-se utilizar um sofá-cama que se transforma à noite, mas que, durante o dia, permite uma boa circulação. Também tem a possibilidade de um rack que abriga pufes”, detalha a arquiteta Neide Cirne. Pufes com tampa, camas com gavetas, camas retráteis e camas tipo baú também servem como exemplos.
(Foto: Shutterstock)
A arquiteta ainda ressalta que o olhar deve estar atento também a móveis mais versáteis, com articulação e possibilidades de empilhamento. “Esses são ideias, principalmente, se os donos costumam receber visitas porque eles são removíveis, desocupando o espaço para melhor circulação, caso necessário”, completa. Já se os proprietários não têm o hábito de receber gente em casa, ela afirma que o ambiente pode ser composto por móveis fixos. “De preferência, os planejados para garantir a melhor otimização dos espaços”, completa.
A sensação de amplitude do espaço pode ser ressaltada de acordo com a proporção ou a disposição do mobiliário. “Uma peça mal posicionada pode parecer que o ambiente é menor ainda. Qualquer espaço no imóvel pode ser aproveitado: pequenas reentrâncias ou nichos, mesmo que pouco profundos, servem para abrigar prateleiras ou pequenos armários”, explica Artur. Os móveis devem ser compactos e preferencialmente ter portas de correr, para não prejudicar a circulação. “Utilize móveis baixos com formatos longilíneos, para ganhar em comprimento, principalmente na sala. Deixe os móveis altos para os armários dos quartos ou do serviço”, analisa o arquiteto.
(Foto: Shutterstock)
Acessórios de parede, como cabideiros, arandelas e nichos podem ajudar na liberação de espaço no chão ou de móveis, mas mantendo uma organização essencial. Espelhos também são indicados porque garantem a sensação de um espaço mais amplo. Porém, é preciso ter cuidado com o exagero para não sobrecarregar a decoração em um ambiente pequeno. Inclusive, a dica vale também para a escolha das cores. “Prefira móveis limpos, de cores claras ou madeira com tonalidade suave. Mesmo os mais despojados e coloridos podem ter cores suaves. Os estofados devem ter cores únicas ou estampas bem suaves, para não haver excesso de informação. Os móveis mais escuros, por sua vez, tendem a reduzir visualmente o espaço, embora transmitam uma sensação de aconchego”, explica Artur Diniz.
Saiba escolher os móveis ideias para cada ambiente
Sala
(Foto: Shutterstock)
A televisão deve estar fixada na parede para liberar espaço no rack para livros e objetos de decoração, sugere o arquiteto Artur Diniz. O rack baixo, longilíneo e pouco profundo dá ganho de profundidade. A mesa de jantar pode ser extensível para ampliar o número de lugares quando necessário. “Se optar por apenas um sofá, use cadeiras bem confortáveis com braços na mesa de jantar. Você poderá usá-las como poltronas”, explica o arquiteto. O pufe pode servir como mesa de centro ou apoio para os pés. A mesa lateral do sofá poderá ter portas ou gavetas, ajudando na organização dos objetos da casa.
Cozinha
(Foto: Shutterstock)
A arquiteta Neide Cirne sugere que esse ambiente deve, de preferência, ser planejado para poder abrigar todos os eletrodomésticos e utensílios necessários ao bom funcionamento. “Caso não seja planejada, o ideal é procurar armários suspensos, de acordo com a necessidade de cada usuário”, afirma. O arquiteto Artur Diniz ainda sugere, para ganhar espaço no balcão, fixar acima dele prateleiras, barras organizadoras de suporte, ganchos pra utensílios, porta-condimentos e as panelas mais utilizadas. Os gavetões dos armários podem ter divisórias de forma a deixar tudo mais organizado. Ainda desponta como opção mesa dobrável ou aproveitar parte do balcão para refeições rápidas.
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