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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Crédito Imobiliário Pelo IPCA Tem Risco Maior De Inadimplência

Segundo agência de risco, inflação tem histórico de instabilidade no país e momentos de pico podem dificultar pagamento do crédito imobiliário por parte dos clientes

A nova modalidade de crédito imobiliário anunciada recentemente pelo governo, que permite o uso da inflação para compor os juros cobrados, amplia as opções de empréstimos disponíveis, abre o mercado para mais instituições financeiras além dos grandes bancos e tem potencial para ampliar o crédito imobiliário no país e levá-lo a mais pessoas. Por outro lado, o histórico de inflação instável e com grandes picos da economia brasileira é um risco para o uso do modelo no país e deve ser visto com cautela pelos agentes do mercado.

A avaliação é da agência de avaliação de risco S&P Global Ratings e foi apresentada na tarde desta quarta-feira (9) em evento sobre mercado imobiliário em São Paulo, promovido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

“O crédito imobiliário tem prazos longos, de 20, 30 anos, e passa por vários ciclos políticos”, disse Leandro Albuquerque, diretor sênior de operações estruturadas da S&P na América Latina. “Hoje a inflação está muito confortável, mas daqui a quatro anos, oito anos, não sabemos quem será o governo, qual será a inflação. Isso é um fator de risco, e, se ela voltar para um nível muito alto, a estimativa de default dentro da carteira [de financiamentos imobiliários dos bancos] pode ser alta também.”

Em relatório, a S&P lembrou que a inflação no Brasil, tanto quanto a economia, têm histórico de grande instabilidade e grandes flutuações. Em 2015, por exemplo, em meio a choques de preços internacionais e aumento dos gastos públicos aqui dentro, o IPCA, índice oficial de preços, passou dos 10%, muito além da meta estipulada pelo Banco Central então de 4,5%.

O crédito imobiliário atrelado ao IPCA foi regulamentado por uma resolução do Conselho Monetário Nacional publicada em agosto (Resolução 4.739). A notícia veio junto com o anúncio da Caixa Econômica Federal de que começaria a oferecer também a nova modalidade. Foi o primeiro grande banco e, até aqui, o único a anunciá-lo – os principais concorrentes já anunciaram que têm interesse na ferramenta e que podem adotá-la em breve.

Diferentemente do modelo atual disponível, que corrige as parcelas por um juro fixo adicionado da TR, uma das taxas de juros de referência do Banco Central, a nova opção troca a TR pelo IPCA, o indicador oficial de inflação do país, também acrescido de um juro fixo.

A TR está atualmente zerada, e os juros oferecidos pela Caixa no financiamento imobiliário, por este modelo, vão hoje de 7,5% a 9,5% ao ano, de acordo com o grau de relacionamento do cliente com o banco.

Pela nova modalidade, sai a TR, a 0%, e entra o IPCA, que gira atualmente entre 3% e 4% ao ano. Os juros adicionais, por outro lado, ficam menores: irão de 3,25% a 4,95% ao ano, também de acordo com o grau de relacionamento do cliente com a Caixa (para servidores públicos, os juros adicionais partem de 2,95%).

Ou seja, para uma inflação de 3,5% em um ano, o juro máximo a que a nova modalidade chegaria seria de 8,45% ao ano (3,5% de IPCA + 4,95% do juro máximo, aplicado ao cliente que não usa nenhum outro serviço ou conta da Caixa). A nova modalidade é opcional e o cliente pode escolher entre uma e outra. De acordo com a Caxia, 20% dos financiamentos imobiliários contratados no banco desde agosto já são pelo IPCA.

O problema, de acordo com a S&P, é a fragilidade da inflação brasileira, que pode fugir do controle em épocas de choque. “Um cenário de níveis elevados de desemprego e inflação poderá afetar a capacidade dos tomadores de empréstimos”, afirmou a S&P, em relatório.

A análise da agência não é de que a modalidade não deve existir. A S&P reforça que o crédito imobiliário no Brasil, hoje, usa recursos basicamente da poupança e do FGTS, que são limitados, e que a opção pelo IPCA abre a possibilidade de usar novos mecanismos do mercado financeiro para isso. O alerta, entretanto, é para que os bancos estejam atentos aos riscos de inadimplência que o empréstimo atrelado à inflação pode trazer.

Caixa Reduz Juros Do Crédito Imobiliário, Mas Deixa De Fora Linha Corrigida Pelo IPCA

A redução dos juros no crédito imobiliário realizada pela Caixa Econômica Federal nesta terça-feira (8) não incluiu a linha corrigida pelo IPCA (índice oficial de inflação) e deixou o banco com a quarta taxa mínima mais cara no financiamento para a casa própria.
Os cortes foram feitos tanto no SFH (Sistema Financeiro de Habitação), para imóveis até R$ 1,5 milhão e que permite o uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), quanto no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), para aqueles acima desse valor e sem a possibilidade de uso do fundo.
O banco, que detém cerca de 70% do crédito habitacional do País, reduziu a taxa mínima do juro de 8,5% para 7,5%, além da TR (Taxa Referencial). A máxima recuou de 9,75% para 9,5%.
Comparado com grandes bancos que emprestam também com recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) e em linhas corrigidas pela TR, o juro mínimo cobrado pelo banco é o quarto mais caro. Somente o Santander Brasil, cujas taxas partem de 7,99% mais TR, tem juro mínimo superior ao da Caixa.
Nos dois casos, as melhores condições são oferecidas a quem tem relacionamento com o banco, como seguros ou conta-salário. A taxa mínima mais barata é do Bradesco, que cobra 7,3% ao ano mais TR. Banco do Brasil (7,4% mais TR) e Itaú (7,45% mais TR) vêm em seguida.
As reduções se inserem em um contexto de corte da taxa Selic pelo Banco Central. No dia 18 de setembro, o BC decidiu reduzir o juro básico para 5,5% ao ano. O Boletim Focus, que reúne expectativas de economistas e instituições financeiras, vê a Selic em 4,75% ao ano no final de 2019.
NOVAS QUEDAS – Nesta terça, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que as taxas no crédito imobiliário poderão ter novas quedas caso a Selic siga caindo. “Nós reagiremos a quaisquer movimentos de redução das taxas de juros pelo Banco Central. Se o Banco Central continuar reduzindo juros, nós seguiremos essa redução”, afirmou.
Pelos próximos seis meses, no entanto, a queda ficará restrita ao crédito atrelado à TR, segundo o presidente do banco. Na linha corrigida pelo IPCA, considerada muito nova por Guimarães, as taxas foram mantidas no mesmo patamar estabelecido no lançamento do produto, em agosto.
O juro mais baixo, oferecido também a clientes do setor público e com maior relacionamento com o banco, é de IPCA mais 2,95% ao ano. Para o setor privado, a taxa parte de 3,25% ao ano mais IPCA. Nos dois casos, a taxa máxima foi mantida em IPCA mais 4,95% ao ano -oferecida a quem não tem relacionamento com o banco.
“Efetivamente, nós estamos agora numa nova discussão, de securitização. Nesse momento, nós queremos testar o que conversamos sobre vender esse crédito. Já existe uma demanda muito grande, mas, como banco da matemática, nós fazemos um passo depois do outro”, disse. “Mesmo que haja uma redução de taxa de juros, nós não pretendemos reduzir a linha do IPCA pelos próximos seis meses pelo menos, até testarmos a securitização.”
O presidente da Caixa afirmou que qualquer redução de juros potencialmente ocorrerá na linha da TR. “Nós já temos uma linha com redução muito grande, muito menor do que qualquer linha de TR no mercado, 30% menor. Esse não é o foco.”
Segundo Guimarães, em 45 dias o banco já alcançou a meta fixada de R$ 2 bilhões para a linha atingir em um ano. Na linha corrigida pelo IPCA, o valor da prestação é atualizado pelo IPCA mensal, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O saldo devedor é corrigido pelo índice e dividido pelo número de parcelas – na linha tradicional, o saldo devedor é reajustado anualmente pela TR, hoje zerada.
RENEGOCIAÇÃO – A Caixa também informou dados sobre a campanha de renegociação de dívidas da casa própria. Em junho, o banco tinha a expectativa de atrair 600 mil famílias, ou 2,3 milhões de clientes. Até o momento, no entanto, somente 114 mil clientes aderiram, com um volume total de R$ 10,1 bilhões renegociados.
De acordo com dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), foram liberados R$ 6,7 bilhões para o financiamento imobiliário apenas em agosto, uma alta de 18,4% na comparação com o mesmo mês de 2018.
Esse total foi destinado para a compra de 26,4 mil unidades, crescimento de 17,3% na comparação anual. Ante julho, a expansão foi de 6%. Outros indicadores vinham mostrando a recuperação do mercado imobiliário, como o salto no número de lançamentos.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Faça você mesmo: papel de parede com contact

Decorar bem a parede do quarto faz toda a diferença, e uma ótima opção é o papel de parede com contact



Você gosta de surpreender e deixar o seu quarto cada vez mais com a sua cara? Então veio ao lugar certo, afinal, adoramos passar ideias bem legais e criativas para decorações diferentes, ainda mais quando se trata do quarto. E a ideia que vem agora é muito legal: papel de parede com contact. A ideia é simples e acredite: qualquer um pode fazer e estilizar a decoração do jeito que sempre imaginou.
A facilidade em usar o contact é uma das grandes vantagens em apostar nesse tipo de decoração e aqui iremos dar dicas superbacanas para que você também possa se inspirar e criar decorações fabulosas. Ah! E para quem não sabe, o contact é aquele rolo de papel adesivo que pode nos possibilitar diversas ideias.
Fazendo decorações com contact.
Essa ideia é para quem gosta de formas e pequenos detalhes nas paredes. Por exemplo: escolha alguns papeis contacts coloridos e faça pequenas formas de estrelas, luas, corações, gotinhas… Fica tão bonito e tão delicado que não tem como não amar essa escolha. Quer entender um pouco mais como a sua parede pode ficar? Olha só essas ideias e se apaixone.




Contact usado como quadro de anotações
Essa aqui é para quem gosta de anotar e sempre ter um painel a mão para refrescar a memória. Um contact branco, por exemplo, é ótima solução para isso e pode ser revestido num bom tamanho para a sua parede. Além disso, o contact preto é outra opção bem legal e mais estilosa para ser usada no seu quarto.


Contact com estampas
Para facilitar a decoração, os contacts também estão vindo com estampas que podem combinar demais com o seu estilo. Seja de flores, uma estampa mais moderna ou contemporânea… Tudo isso é possível, basta escolher a que mais se adapta a você.
Ah! E para aplicar o contact é bem simples. Vá colando com a ajuda de uma espátula de borracha ou de um algodão para ir eliminando as bolhas que possam se formar. Fica lindo e o resultado é ótimo. Mas antes, lembre-se de limpar bem a parede.












Saiba Quem Pode Dar Entrada No Atual Programa Do Minha Casa Minha Vida

O programa Minha Casa Minha Vida é uma iniciativa do Governo Federal que oferece condições atrativas para o financiamento de moradias nas áreas urbanas para famílias de baixa renda. Em parceria com estados, municípios, empresas e entidades sem fins lucrativos, o programa vem mudando a vida de milhares de famílias brasileiras. É oportunidade para quem precisa e mais desenvolvimento para o Brasil.

Vantagens Se você já é cliente do programa, acesse seu contrato.

  • Menor taxa de juros do mercado O Programa do Governo Federal oferece condições de pagamento e taxas de juros de acordo com a renda da sua família
  • Financiamentos de moradias em áreas urbanas ou rurais Você pode financiar a compra de imóvel novo em área urbana ou ainda a construção e reforma de moradias em área urbana e rural.
  • Atendimento especializado Locais de atendimento específicos, de acordo com cada tipo de financiamento.
  • Programa Caixa de Olho na Qualidade O canal exclusivo para esclarecer dúvidas e registrar eventuais problemas em sua casa e ajudar você a cuidar do seu patrimônio – 08007216268.

Quem pode ter

Nesta modalidade, existem quatro faixas de renda contempladas. São elas:
Famílias com renda de até R$ 1.800,00:
Faixa 1 – A Caixa oferece várias vantagens para a sua família. Conte com um financiamento de até 120 meses, com prestações mensais que variam de R$ 80,00 a R$ 270,00, conforme a renda bruta familiar. A garantia para o financiamento é o imóvel que você vai adquirir. Assim, fica muito mais fácil realizar o sonho da casa própria.
Famílias com renda de até R$ 2.600,00:
Faixa 1,5: Você pode adquirir um imóvel cujo empreendimento é financiado pela Caixa com taxas de juros de apenas 5% ao ano e até 30 anos para pagar e subsídios de até 47,5 mil reais.
Famílias com renda de até R$ 4.000,00:
FAIXA 2: Se sua família tem renda bruta de até R$ 4.000,00, você se encaixa nesta faixa do Programa Minha Casa Minha Vida e pode ter subsídios de até R$ 29.000,00.
Famílias com renda de até R$ 7.000,00:
FAIXA 3: Para famílias com renda bruta de até R$ 7.000,00​​, o Programa Minha Casa Minha Vida oferece taxas de juros diferenciadas em relação ao mercado para você conquistar uma casa própria.

Como Contratar

Veja como participar do programa
  1. Confira se você precisa se cadastrar Se a sua família tem renda mensal menor que R$ 1.800,00 é preciso se inscrever na prefeitura da sua cidade ou numa entidade organizadora para iniciar o processo de seleção.Já para as famílias com renda mensal até R$ 7.000,00​​, além de poder contratar por meio de uma entidade organizadora, pode também contratar de forma individual, para isso é só fazer a simulação, para saber quanto você poderá investir, entregar a documentação em um Correspondente Caixa Aqui ou n​a agência Caixa mais próxima de você.​
  2. A Caixa avalia seu cadastro As famílias selecionadas pelas prefeituras e validadas pela Caixa serão comunicadas sobre a data do sorteio das unidades e da assinatura do contrato de compra e venda do imóvel.No caso de atendimento direto na agência ou no Correspondente Caixa Aqui, a Caixa recebe e analisa a sua documentação e a documentação do imóvel que você escolheu e mostra para você as melhores condições para o financiamento.
  3. Você assina o contrato Após a aprovação e validação do cadastro você assina o contrato de financiamento.

Condições – Faixa 1

  • Renda familiar compatível com a modalidade (até 1800 reais); OBS: o Benefício de Prestação Continuada – BPC e o Bolsa Família, fornecidos pelo Governo Federal, não compõem a renda familiar.
  • Não ser proprietário, cessionário ou promitente comprador de imóvel residencial;
  • Não ter recebido benefício de natureza habitacional oriundo de recursos orçamentários do município, dos Estados, da União, do FAR, do FDS, ou de descontos habitacionais concedidos com recursos do FGTS, excetuadas as subvenções ou descontos destinados à aquisição de material de construção para fins de conclusão, ampliação, reforma ou melhoria de unidade habitacional
  • Documento oficial de identificação

Parceiros

Se você é representante do Poder Público, de entidades sem fins lucrativos ou empreendedor da área de construção civil, pode ser parceiro do Minha Casa Minha Vida e ajudar a mudar o Brasil.

Poder Público
O Minha Casa Minha Vida pode fazer muito pelo seu estado ou município. A Caixa oferece linha de crédito destinada à construção de empreendimentos habitacionais em parceria com o Poder Público. São recursos do FAR – Fundo de Arrendamento Residencial e do FGTS. Conheça as duas opções disponíveis e mude a vida de milhares de famílias na sua região.
Entidades sem fins lucrativos
Entidades da sociedade civil sem fins lucrativos, cooperativas ou associações podem participar do Minha Casa Minha Vida. Elas contribuem assumindo as funções de ordenar e apoiar as famílias durante todas as etapas do processo.
Organize sua comunidade e apresente para a Caixa uma proposta habitacional. A sua entidade pode ajudar a mudar a vida de muita gente.
Empresas da Construção Civil​
Quem atua na área da construção civil tem a oportunidade de fechar grandes negócios e ainda contribuir para o desenvolvimento do país. Confira os financiamentos que a Caixa oferece para construção de empreendimentos habitacionais em áreas urbanas:
Imóveis na Planta: linha de crédito para produção de empreendimentos habitacionais por meio de financiamento direto a pessoas físicas.
Alocação de Recursos: financiamento para empreendedores, pessoa física ou jurídica, que produzem empreendimentos com recursos próprios ou de terceiros.
Apoio à Produção: produto exclusivo para empresas do ramo da construção civil que querem construir rapidamente.
Plano Empresa da Construção Civil: financiamento simplificado a empresas para produção de empreendimentos residenciais.​

Bancos Mudam Regras Para Facilitar O Crédito Imobiliário

Caixa apresenta nesta terça-feira uma nova forma de correção do crédito imobiliário pelo índice oficial de inflação do país, e outros bancos devem seguir o movimento


Mudanças no crédito imobiliário prometem reduzir os juros cobrados pelos bancos e facilitar o financiamento da casa própria. Em um movimento que será puxado pela Caixa Econômica Federal, bancos devem passar a corrigir as prestações pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o índice oficial de inflação do país. Para especialistas, isso pode baixar as prestações e facilitar o crédito.

Com isso, as taxas cobradas nos parcelamentos habitacionais terão uma parcela pre-fixada, que deverá variar de 2% a 5% ao ano, somada ao índice de inflação – o IPCA previsto para este ano é de cerca de 3,8%. Na prática, o consumidor verá a parcela do crédito imobiliário flutuar de acordo com as oscilações inflacionárias.
Hoje, o mercado funciona numa lógica diferente com bancos fixando um juro nominal no cálculo das prestações, que são revisadas apenas pela Taxa Referencial (TR). O novo sistema será anunciado nesta terça-feira (20) pela Caixa, mas o Bradesco já admite também adotar a regra. Outros bancos, entre eles o Banestes, afirmam que estão avaliando a adoção das alterações.
VANTAGENS E RISCO

Para especialistas, a alteração trará vantagens para o mutuário que vai pagar uma baixa taxa fixa e pegará uma inflação abaixo da meta. Com a reforma da Previdênciae o avanço de outras reformas, existe a expectativa de uma maior estabilidade do IPCA.

Mas se por um lado, no cenário econômico atual, com a inflação sob controle, os juros do financiamento podem ficar mais baixos, por outro, há o risco da grande oscilação do índice de inflação em longos períodos de tempo, já que um contrato imobiliário dura décadas.

As linhas de crédito que sofrerão as mudanças são do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que permite o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para pagar as prestações. Atualmente, nessas linhas, o crédito é corrigido pela TR mais uma taxa de juros que pode ser no máximo 12%.

O presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), Eduardo Araújo, orienta que o consumidor planeje junto com a família a compra. “É preciso conversar com os familiares, colocar as contas na mesa, não contrair compromissos financeiros maiores do que o valor da prestação do imóvel. Todo financiamento tem que ser visto com muita cautela, mas a tendência é que o custo do financiamento diminua.”

O diretor da Alphamar Investimentos e professor da Fucape, Fernando Galdi, considera a medida positiva. “Essa nova modalidade faz com que a pessoa fique pagando proporcionalmente o que está sendo acordado na assinatura do contrato. Porque a taxa na correção varia ao longo do tempo, mas se leva em conta a inflação oficial do país”, comenta.


ADESÃO



Além da Caixa, mudança com a nova modalidade de crédito atrelada ao IPCA já está sendo estudada por outros bancos. O Bradesco disse que deve operar com essa nova linha e que está avaliando as condições.
Já o Banestes, o Itaú Unibanco e o Santander afirmaram que estão avaliando a medida. O Banco do Brasil, porém, respondeu que monitora constantemente os movimentos de mercado e que, até o momento, não há definição sobre alterações de taxa de juros.
Apesar dos especialistas apontarem que os juros do financiamento de imóveis no país devem cair, o consumidor que não tem o salário corrigido pela inflação precisa ficar atento, segundo Galdi. Pois corre-se o risco das parcelas subirem mais do que o consumidor esperava.
SETOR APROVA INICIATIVA

O setor imobiliário aprovou a iniciativa da Caixa e acha que a mudança pode estimular o mercado, como destaca o presidente da Associação Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Sandro Carlesso.
“A gente está em um momento importante para os clientes porque as facilidades para compra do imóvel aumentaram, seja por redução da taxa de juros, seja pela nova forma que o governo deve anunciar amanhã. A gente vem de um período em que os clientes não estavam fechando negócio por insegurança, pela taxa de juros que estava mais alta. Com essas mudanças, as pessoas devem voltar para o mercado, aumentando o volume de venda.”

A MUDANÇA


Caixa Econômica Federal
Como é

Nas linhas do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), o crédito é corrigido pela Taxa Referencial (TR) mais uma taxa de juros que pode ser no máximo 12%. Geralmente, no mercado, os bancos praticam taxas de até 8%. A TR é uma taxa mensal que foi criada para servir de referência para a taxa de juros no Brasil, numa tentativa de controlar a inflação. A TR é igual a zero desde 2017 devido à queda da taxa Selic.

Como deve ser essa nova linha de crédito imobiliário

O crédito na Caixa deve ter a sua correção calculada com base no IPCA e mais uma taxa pré-fixada, cuja expectativa é de que seja menor, de 2% a 3% ao ano. Já o IPCA previsto para este ano é de cerca de 3,8%.

Outros bancos
Bradesco: O banco deve operar com esta nova linha atrelada ao IPCA e diz que está avaliando as condições.

Banestes: O banco capixaba diz que observa a demanda de crédito habitacional em sua rede de agências, para oferecer produtos competitivos a seus clientes e que realiza estudos para adoção de outros indexadores para correção das prestações.

Itaú Unibanco: O Itaú Unibanco respondeu que está estudando as condições das medidas que estão sendo discutidas para traçar qual caminho vai seguir.

Banco do Brasil: O Banco do Brasil pontuou que monitora constantemente os movimentos de mercado, mas que, até o momento, não há definição sobre alterações de taxa de juros.

Santander: O Santander afirmou que está avaliando a medida, de relacionar a correção do crédito imobiliário ao IPCA.

Fonte Oficial: https://publicidadeimobiliaria.com/bancos-mudam-regras-para-facilitar-o-credito-imobiliario/

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Como fazer para deixar minha casa com a minha cara?

Acreditando que o ambiente pode ser um vetor de bem-estar, é muito importante que cada um viva em uma casa que o represente e tenha aquele gostinho de "sentir-se em casa".




Muitas pessoas, na hora que se deparam com uma obra, têm medo que algo saia fora do planejado. Esse receio inclui uma preocupação com prazos, orçamentos e também com a personalização. 

É justamente sobre essa preocupação com a personalização do imóvel que vamos falar. Aliás, melhor do que falar é mostrarmos a evolução de um projeto a partir de feedbacks do Thiago, cliente da Em Canto Meu.

O Thiago procurou a Em Canto Meu para fazer o projeto do seu apartamento novo. Animado com a mudança, já estava sonhando com todos os detalhes do seu novo lar e trouxe algumas ideias sobre todos os ambientes. Entre os pedidos, queria um apartamento com sala e cozinha integradas, cores mais neutras para o mobiliário e itens com mais cores e “vida” para a decoração.

Versão 1: Sala de TV em cores mais claras




Versão 2: Sala de TV em cores mais escuras



Versão 1: Sala de TV e Jantar integradas com cozinha em cores mais claras 





Versão 2: Sala de TV e Jantar integradas com cozinha em cores mais escuras


Esse exemplo pode parecer simples, mas é essencial para que o cliente consiga se imaginar dentro de casa, faça suas escolhas de forma assertiva e evite retrabalhos e custos adicionais ao longo da obra.

Por fim, escolher um arquiteto que saiba captar o seu estilo, respeite suas escolhas e entregue revisões ilimitadas em cada etapa do projeto é um passo essencial para garantir que você tenha a sua casa com a sua cara. A partir dessas premissas, a Em Canto Meu – startup de arquitetura e reforma de interiores – disponibiliza o Teste de Estilo online para quem quiser dar um primeiro passo e descobrir seu estilo. A partir disso, inicia-se o projeto, que engloba: 

Escolha do arquiteto por afinidade de perfil e estilo: são mais de 20 profissionais disponíveis
Simulador de Custos de Obra e Mobília para alinhar o projeto ao budget de cada um
Desenvolvimento do projeto com revisões ilimitadas em cada etapa do projeto, incluindo: 
Briefing junto ao arquiteto escolhido
Painel conceitual e planta baixa
Desenhos 3D renderizados
Entrega técnica ou projeto executivo
Orçamentos e lista de compras
Esse passo a passo é bastante fluido e ágil, leva cerca de 1 mês. Essas mudanças podem até parecer pequenas, mas fazem muita diferença para a pessoa que está recebendo o projeto e que irá morar ali dentro. Portanto, é importante levar todos os detalhes em consideração para garantir que cada um tenha a casa com a sua cara.




quarta-feira, 31 de julho de 2019

Metade Dos Imóveis Urbanos No País Não Tem Escritura

Moradora de Virginópolis, de 10 mil habitantes, no Vale do Rio Doce, a técnica em enfermagem Suely Alves do Perpétuo Silva diz que realizou um verdadeiro sonho ao receber a escritura do imóvel onde a família mora há mais de 10 anos. No Norte do estado, em Mirabela, o comerciante Elias Soares da Fonseca ainda aguarda ansiosamente para ter em mãos a documentação do seu estabelecimento na chamada “terra do santo”, área que tem São Sebastião como “dono”, desde que fazendeiros doaram uma gleba para o santo no fim século 19. escritura
A situação da técnica em enfermagem e do comerciante está relacionada a um problema histórico, que atinge milhões de brasileiros – maciçamente, a população de baixa renda –, afetando duramente a economia e que está sendo amenizado por uma lei promulgada recentemente: a falta de legalização dos imóveis urbanos. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Regional (que incorporou o antigo Ministério das Cidades), cerca de 50% dos imóveis no Brasil têm algum tipo de irregularidade. São 60 milhões de domicílios urbanos, sendo 30 milhões irregulares – ou seja: os seus ocupantes nunca foram a um cartório para providenciar a escritura. Em Minas, levantamento aponta que 3 milhões de imóveis são irregulares, segundo o Colégio Registral Imobiliário de Minas Gerais (Cori-MG).
Loteamento à revelia da lei

A “informalidade” dos imóveis não distingue classes sociais: vai de favelas a condomínios de luxo. As causas da situação irregular também são diversas, indo desde as invasões a loteamentos que foram criados à revelia da lei – ou que não foram aprovados e não registrados – passando também pela venda ilegal de imóveis e por outros motivos, como a “doação para o santo”, que ocorre em outros municípios brasileiros, além de Mirabela. Além de acentuar o crescimento desordenado e a infraestrutura precária das cidades, ela acarreta enormes prejuízos econômicos para o país ao abrir caminho para a sonegação fiscal, fazendo com que a União, estados e municípios deixem de arrecadar bilhões em tributos como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e o Imposto de Renda (IR). Também provoca perdas para o comércio e para o sistema financeiro, já que, sem o documento legalizado, os proprietários não podem oferecer os imóveis em garantia de financiamentos, com dificuldades até para fazer cadastros e ter acesso a empréstimos e crediários, por exemplo. 

As perdas com a irregularidade imobiliária são ressaltadas pelo advogado Renato Góes, presidente da Comissão de Regularização Fundiária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo. Ele é um dos autores da Lei Federal 13.465/17, a chamada “Reurb” (Regularização Fundiária Urbana) e que também abrange a questão de interesse social (“Reurb-S”), destinada à população de baixa renda e que tem o objetivo de legalizar a situação dos milhões de proprietários urbanos “sem escritura”. Foi iniciado em Minas um projeto de legalização desses imóveis, com base na Reurb-S, que beneficia moradores de Belo Horizonte e várias outras cidades mineiras. A iniciativa é do Cori-MG, que oferece apoio técnico às prefeituras, capacitando servidores sobre os procedimentos previstos na nova legislação para a regularização dos imóveis das pessoas de baixa renda.

O advogado afirma que o percentual elevado de imóveis irregulares é um problema que se arrasta desde o descobrimento do Brasil. “Deve-se ressaltar que a irregularidade fundiária é um problema complexo que surgiu em 22 de abril de 1500 e vem se agravando a cada dia”, diz. “O problema começou em 1500, pois a legislação aplicada por Portugal não foi capaz de regrar o uso do solo brasileiro em face de sua dimensão e peculiaridade. Durante três séculos o Brasil insistiu no sistema de sesmarias, criado em Portugal em 1375 para outra realidade fundiária bem diversa da brasileira”.

CAUSAS MÚLTIPLAS

Entre as várias causas do quadro irregular, Góes aponta “a equivocada e antiga máxima de que o direito de propriedade é absoluto, irrestrito e ilimitado, o excesso de normas e conflito de competências entre os entes federativos, a ausência de política pública específica, confusão de regularização fundiária com política habitacional; ausência ou ineficiência do controle do uso do solo, crescimento populacional desenfreado e ausência de planejamento urbano”, além da crise econômica e da especulação imobiliária.
O diretor do Departamento de Regularização Fundiária do Cori -MG, José Celso Ribeiro Vilela de Oliveira, salienta que uma das razões da falta de documentação dos terrenos é que “o processo de urbanização massiva enfrentado em nosso país nas últimas décadas do século 20 se deu sem organização ou controle”. Ele lembra que, “ao parcelar uma gleba, o loteador tem deveres para com a municipalidade e a coletividade”, devendo transferir um percentual de áreas públicas para que a prefeitura possa instalar serviços como postos de saúde, escolas e áreas verdes.
“É do loteador o ônus de custear as obras de infraestrutura e todo esse plano de loteamento deve ser previamente aprovado pelo município. Em seguida, a documentação deve ser apresentada ao registro de imóveis, como condição para que se possa legalmente vender os lotes, pois há necessidade de proteger os consumidores dessa oferta pública. Contudo, em regra, nada disso vinha sendo observado e os municípios, salvo poucas exceções, não exerceram satisfatoriamente seu papel fiscalizador. Por outro lado, diversas áreas públicas, dos municípios, do estado ou da União foram objeto de ocupação irregular”, relata o diretor do Cori-MG.
Quanto ao fato de o problema da irregularidade fundiária urbana atingir mais as áreas carentes, José Celso Oliveira explica: “A propriedade imobiliária é um ativo econômico. Como tal, as áreas com melhor localização e vocação do uso urbano são mais valorizadas. Portanto, o valor de venda de lotes nessas áreas é suficiente para o loteador arcar com o alto custo de parcelar regularmente um terreno. O inverso ocorre nas áreas menos valorizadas, ao que se normalmente agrega o alto custo de obras de infraestrutura, pois, na maioria das vezes, também a topografia é desfavorável”. 
Vantagens econômicas da regularização fundiária

O advogado Renato Góes destaca que a regularização fundiária urbana, facilitada pela Lei da Reurb, da qual ele foi um dos autores, apresenta vantagens com bons resultados para a economia. “A regularização fundiária gera vantagens de diversas searas (jurídicas, urbanísticas, ambientais e sociais) e a melhoria dessas searas gera ganho econômico às pessoas que residem no núcleo regularizado, às pessoas que moram na cidade, ao poder público (municípios, estados e União)”, afirma Góes.
“A primeira vantagem econômica é a valorização imobiliária de quem passa a ter um título de propriedade, que permite não só dar segurança jurídica ao ocupante, mas também ao eventual adquirente, além de permitir e facilitar o uso do sistema financeiro, valorizando os imóveis então irregulares. Um imóvel fundiariamente regularizado será dotado de infraestrutura e gerará ganhos diversos, impactando na economia local”, acrescenta.
O diretor do Cori, José Celso Oliveira, também destaca as vantagens da regularização. “A Reurb permite valorização dos imóveis, possibilitando mais investimentos públicos para as áreas, até mesmo com recursos federais e internacionais. Além disso, os proprietários podem obter financiamentos para melhoria das moradias ou para abrir empreendimentos a juros mais baixos”, enfatiza. Ele ressalta que os municípios também são beneficiados. “As administrações públicas passam a arrecadar tributos, como IPTU e ITBI, possibilitando que o município se desenvolva com qualidade e aprimore a prestação de serviços para a população. Em diversos casos, a Reurb é acompanhada da melhoria dos equipamentos públicos e de infraestrutura urbana, que passam a ser oferecidos à população”, observa.
De acordo com o Cori-MG, vários municípios já iniciaram a regularização de imóveis pela Reurb-S, englobando os núcleos urbanos informais ocupados predominantemente por população de baixa renda. Entre os municípios que desenvolvem a ação estão Belo Horizonte (bairros Jatobá, São Lucas, Itaipu, Urucuia e Jardim Leblon, entre outros), Brumadinho e Vespasiano (região metropolitana), Inhapim (Leste), Nova Porteirinha e Janaúba (Norte), Novo Cruzeiro e Catuji (Vale do Jequitinhonha) e Virginópolis (Vale do Rio Doce). Segundo dados do Cori-MG, os números de imóveis regularizados no estado por meio do projeto subiram de 3.761 em 2017 para 5.245 em 2018. Em 2019, já foram 4.498 terrenos e construções “legalizados” em Minas.
O diretor do órgão ressalta que a regularização dos núcleos urbanos exige ação coletiva, envolvendo o poder público e a comunidade. “As palavras de ordem para a regularização ir adiante em um município são coordenação de esforços e escala. Os municípios são os grandes atores responsáveis por realizá-las, mas a população deve se organizar para solicitar a demanda. E não adianta tentar a regularização individual ou de poucas casas. Quanto maior a escala de contratação, mais baixo fica o custo individual”, assegura José Celso.
INSERÇÃO NA ECONOMIA 
O professor Pedro Seixas, coordenador do MBA em gestão de negócios de incorporação e construção imobiliária da Fundação Getulio Vargas, salienta que o índice de 50% de imóveis é um problema que precisa ser enfrentado. “Mas é preciso entender como esse percentual de imóveis irregulares está distribuído entre as classes sociais e em quais regiões ele se encontra. Temos a questão das favelas e das construções irregulares, mas a informalidade não é exclusividade dos imóveis mais baratos e mais precários”, informa Seixas.
Ele ressalta que a falta dos títulos de posse dos terrenos e das construções “cria uma barreira” para os proprietários, por não terem como dar o patrimônio como garantia em empréstimos. O especialista enfatiza a importância da regularização para a inclusão das pessoas na economia. “A formalização dos imóveis vai trazer vantagens econômicas para uma população que fica à margem do sistema financeiro. A partir da regularização, teremos a inserção econômica de muitas famílias”, afirma.
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